Nesta coleção pictórica, Luís Pedro Viana propõe-nos percorrer um imaginário que mergulha e transcende, à semelhança do homo viator, a tragédia do ser que se sabe que é. Imaginário onde os símbolos teriomorfos roçam a sensualidade e a fecundidade. O touro, rapto de Europa por Zeus? A serpente quase uroborus, sábia e senhora do Tempo.O pássaro, metáfora do desejo dinâmico de elevação, de transcendência de si. O voo onírico, volúpia do Belo, desafia o desejo imerso na sensualidade geradora da vida, da fertilidade e da abundância, princípio e regresso de todas as coisas.
Subsiste uma tensão entre o trágico, a frustração humana perante a impossibilidade de contornar o fatum, o eterno retorno, e a tentação permanente de desafiar o destino. O herói de Luís Pedro Viana é o homem que obstinadamente se supera a si mesmo, desvelando magistralmente através da cor, da luz e da sombra, a epifania da imagem.
Subsiste uma tensão entre o trágico, a frustração humana perante a impossibilidade de contornar o fatum, o eterno retorno, e a tentação permanente de desafiar o destino. O herói de Luís Pedro Viana é o homem que obstinadamente se supera a si mesmo, desvelando magistralmente através da cor, da luz e da sombra, a epifania da imagem.
Maria Camps
Sem comentários:
Enviar um comentário