sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

É vianense!

É vianense!
Relevante, interessante, diferente, esteticamente belo, equilibrado, sensorial, puro, limpo ou errante, (des)construtivista, modernista, minimalista, realista, metafórico, ausente do que é a realidade ou imersa nela, sinuoso nas formas voluptuosas, erótico, desvelando ou mantendo o véu que cobre a pureza da forma de Dulcineia, no segredo da conquista ou no deixar ir da solidão, ou da romaria estonteante, com um qualquer D. Quixote lutando contra si próprio na (in)definição que o faz viver… (E não é a vida mutação? E rasgo, risco? clarividência? ou ausência de ser?).
Ser vianense é uma prerrogativa que o define, mas também mundano, ausente ou demasiado presente no Porto.
Luís Pedro Viana nasceu em Viana do Castelo (como diria Saramago – “a idade que importa!”) e teve aulas de pintura… Na Polysalca– fábrica de plásticos na Rua da Bandeira, vanguardista no tempo, com visão antecipadora dos donos - e dessedentou em aulas de pintura no Porto ou embriagou-se no prazer das cores, das telas e dos pincéis.E a vida encarregou-se de preservar nele o prazer de pintar e de escrever – muito, pouco ou nada, mas constante no tempo. A vida, a pintura, agarrou-o: fê-lo refém das suas ousadias, das da vida e das dele, permitindo-lhe uma liberdade de viver na construção da obra. 
Risco puro em Cervantes, reto ou incerto noutros, sinuoso, ou difuso, com duas cores ou com uma alegria visual de colorido estonteante em que o olhar percorre a tela sem saber onde pousar ou a transparência de dois traços cruzados em linhas de (in)finita imaginação, transportando o olhar para o além da presença e da aparência. 
E escreve poesia, não a pedido ou a granel, mas quando o ser lhe manda e o Outro, que não ele, o exige, ou fá-lo na modorra do tempo adormecido.Contudo, não vou falar do “Cabo de aço”, tão frio e cruel como o som do metal agudo que corta silêncios, ou de “Viana”.
É vianense, Firmino Moreira da Cunha ou Luís Pedro Viana na alegria de brincar com nomes (palavras que nomeiam e criam a existência do ser) e apelidos que têm significado íntimo e próprio.
Apresentação feita–é capa da revista “As Artes entre as Letras”, sendo Diretora Nassalete Miranda – resiliente numa ideia de que a cultura exige e existe para que o mundo se transforme e seja mais belo - um espaço onde a arte e as letras comungam à mesma mesa e dialogam em transversais de homeostasia, simbiose e desequilíbrios. 
É vianense e estará patente na Galeria Vieira Portuense, no Largo dos Lóios, no Porto, de 13 de janeiro (inauguração pelas 16h) a 3 de fevereiro de 2018, numa exposição, “Retrospectiva de óleos”, datados de 1990 a 2016/17.
É Luís Pedro Viana. É vianense.

Susana Cunha Cerqueira

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

A imprensa regional - Aurora do Lima


ARTE/POESIA


ARTE/POESIA

Fez da tela sua arte
Da escrita poesia
Este seu saber ele reparte
Com sorrisos e alegria
Debaixo daquele bigode
Um sorriso matreiro
Também gosta de pagode
Quer em tudo ser primeiro
Na paleta e nas tintas
Ele mostra a sua arte
Dá beleza ao que pinta
E nos poemas que reparte
Julgo que em Viana nascido
E o Porto sua verdade
Pelo percurso percorrido
Dedicado à cidade
Por mim pouco conhecido
Pela luz que dele imana
Poeta e pintor reconhecido
Luís Pedro Viana...

Celso Miranda

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

POR MOR D’ARTE

POR MOR D’ARTE

Ao amigo: Luís Pedro Viana

Falas-me de Arte e ela aqui está, pendurada na parede do nosso intelecto, (Galeria Vieira Portuense), diante da retina dos olhos da nossa mente, a invadir de sedução o nosso imo peito, a encher-nos de prazer e alegria, satisfação e deleite, gozo e contentamento, dando um certo gosto aos dias que nos coube em sorte viver! 

Que seria a Vida na Terra sem a Arte?! Como suportaríamos nós a velha máquina do quotidiano?!

A Arte tenta aperfeiçoar as imperfeições da Natureza. Se isto não é de loucos, anda lá perto, pois quem ousa intrometer-se na Criação Divina só pode julgar-se alguém como um “pequeno deus”, parafraseando Pierre Grassé.
A Arte é assim uma forma prática de executar ideias. Claro, que tudo isto requer habilidade, artifícios (arte e ofício), artimanha (arte e manha), astúcia, ardil, uma certa maldadezinha ou travessura e, porque não dizê-lo?, repito, uma certa dose de loucura! Loucura que baila nas profundezas do subconsciente do artista e já agora de todo o ser-humano, pois todo o Homem almeja ser artista, porque não há quem não busque a perfeição…

Sim, vejo na Arte um “passaporte para o eterno”  (J.G. Ballard), onde nos leva essa busca  do Belo!

Deixem-me ser mais subtil nas palavras e dizer que esta maldade, travessura, loucura do artista/pintor atinge, por vezes o elevadíssimo grau do sublime e nos deixa boquiabertos de espanto, pasmados pelo deslumbramento, pela emoção e, quantas e quantas vezes, pela comoção. Podemos não perceber a história do poema escrito na tela com tinta, mas, disfarçadamente, não damos a perceber…porque queremos ver-nos, também nós, projectados por ela nessa alma de artista…

A representação do Belo da Natureza, antes de ser posta na tela, “Passa Tudo Pela Refinadora” (Alexandre O’Neill) da imaginação do pintor. Não seria Bela-arte, se assim não fosse! Poder-lhe-íamos chamar retrato, cópia, imitação ou reprodução, mas não Bela-arte!

A mistura da Arte-concreta com a Arte-abstrata ou a elegância do figurativo com o despudor do não-figurativo dá um cunho de semirrealíssimo a qualquer Obra. Nesta mistura de luz, sombra, cores, linhas e formas, pode vislumbrar-se a realidade do mundo interior do Artista. É isto que nos faz ver magia estampada numa tela! Magia que, normalmente, ninguém vê porque ali está a Alma, a Inteligência, o Esforço, a Dedicação, o Estudo, a Imaginação e, acima de tudo a Sensibilidade do Homem/Criador.

Abraço
Manuel Maia

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Fotos inauguração "Retrospectiva Óleos +"





Alice Branco
Agostinho Costa, Jorge Braga, Luís Pedro Viana e Nassalete Miranda
Agostinho Costa


Agostinho Costa lê o poema dedicado a Luís Pedro Viana, feito por Celso Miranda

Luís Pedro Viana e Maria da Glória 
Maria da Glória canta o fado

Manuela Nobre canta o fado




Agostinho Costa

Inauguração da exposição "Retrospectiva Óleos +"

Arnaldo Macedo
Luís Pedro Viana e Celso Miranda
Jorge Braga e Luís Pedro Viana
Regina Bacelar e Luís Pedro Viana
Ricardo Braga e Paulo Fontes
Maria Augusta da Silva Neves, Adelina Gomes e Maria Afonso Morais
Maria Augusta da Silva Neves, Adelina Gomes e Maria Afonso Morais
Regina Bacelar e Luís Pedro Viana

Maria Augusta da Silva Neves, Adelina Gomes, Maria Afonso Morais e Luís Pedro Viana



Artur Cardoso



Angelo Vaz e Maria da Glória





Paulo Fontes

Retrospectiva Óleos +















É vianense!

É vianense! Relevante, interessante, diferente, esteticamente belo, equilibrado, sensorial, puro, limpo ou errante, (des)construtivista...