sábado, 28 de outubro de 2017

Fotos do artista com a sua obra









Entrevista Minho Digital


Entrevista completa em: 18ª ARTE MAIO, AAETEC e entrevista exclusiva com o pintor Luís Pedro Viana


MINHO DIGITAL (MD) - Quando e como apareceu a pintura na sua vida?
A pintura surgiu na fábrica do meu pai, em Viana, no atelier de pintura com o pintor Tarcísio, ainda em 1962. Ainda hoje conservo  duas peças em cerâmica dessa época e outras com suportes diferentes: uma paisagem em prato de hostalene, uma figura feminina (Primavera) em óleo sobre papel, um cartaz para anúncio do Baile da Queima da Universidade do Porto com o título PSICO, etc.
Mais tarde, viajando pela Europa, fui a Paris para visitar o Louvre e aí permaneci  8 dias percorrendo-o, sala a sala, e o mais que me ‘tocou’ e sensibilizou  foram os " impressionistas". Numa outra viagem, estive no Museu de Arte Contemporânea para ver a exposição do pintor Mark Rothko.  Visitas a Galerias, Fóruns  e Museus são a forma de estar sempre nas correntes de vanguarda, quer em Portugal e na Europa. Recordo os 100 Anos da Pintura Francesa em Lisboa. A visita ao Museu Van Gogh em Amesterdão, em Budapeste,  Madrid,  Barcelona, Maiorca, Bilbao, entre outras.

MD - Quando começou a acreditar mais a sério que ia dedicar-se mais activamente à pintura?
Comecei, como já disse, muito novo e sem qualquer intencionalidade de seguir essa actividade. Porém, mantive uma atenção especial por esta arte, deixando a minha marca em desenhos e óleos que ao longo dos anos sempre fiz. Preparava o meu futuro como artista para quando o tempo me desse essa disponibilidade. Agora, faço-o com mais regularidade. Participei em várias exposições tais como Eixo Atlântico, Fórum da Maia, Museu de Viana (Associação), Rotários de Gaia, Castelo de S. João da Foz-Porto, Arte na Leira em 2012 organizada pelo artista Mário Rocha, e muitas outras. Deste modo fui agora para a 18ª ARTE MAIO, aqui na minha terra de sempre.

MD - Em que estilos se movimenta?
Tenho várias influências pela convivência com pintores como Armando Alves (um dos quatro vintes), José de Guimarães, Sobral Centeno. Tomo boa nota de Almada, Júlio Pomar, Vieira da Silva, Graça Morais, Paula Rêgo. Quanto a estrangeiros, não podia deixar de admirar Picasso, Dali e os impressionistas. As novas correntes americanas com nomes como Robert  Rauschemberg, Ray Lichestein, James Rosenquist e Andy Warhol são preferenciais.

MD - Qual o seu estilo?
Geométrico.

MD - Qual foi o seu primeiro quadro? Vendeu-o ou ficou com ele por razões sentimentais?
Foi um quadro a óleo sobre papel (Primavera) em 1962.  Faz parte da minha colecção.

MD - Qual foi o quadro que mais gostou de pintar? Que é feito desse quadro?
"A Pata da Europa", tema da série ‘O Mundo Português’, agora como cartaz da Exposição da 18ª ARTE MAIO que vai decorrer na Estação Shopping de Viana.

MD - Qual a origem do pseudónimo que utiliza para assinar as suas obras?
Quis homenagear a minha avó Teresa Pedro Viana. Luís é o nome do meu filho. Assim nasceu o pseudónimo  Luís Pedro Viana.
Com este pseudónimo apareço também nos escritos poéticos a que me dedico desde 1990 com dois livros publicados. Nesta área venho dizendo poesia da minha autoria, todos os meses, na Galeria Vieira Portuense.

MD - Sabemos que faz parte de algumas tertúlias? Quer dizer-nos algo sobre isso?
Sim, é verdade, na Galeria Vieira Portuense, com pintura e poesia.

MD -Qual é o pintor português que mais admira? E estrangeiro?
Ainda recentemente foi homenageado em Paris: Amadeo Souza Cardoso. Quanto a estrangeiro, fico-me pelo trabalho desenvolvido por Picasso.

MD – Qual o sonho da sua vida em termos artísticos?
Conforme diz a minha Amiga Maria Guedes « Trabalhar a prática do desapego conservando o amor (à arte), será certamente, o caminho da liberdade». Procuro a maior liberdade...
Ligar a escrita poética à pintura, obriga a cor ao diálogo com a palavra.

MD - Mas também sabemos que se dedica à escrita?
Participação em várias coletâneas de poesia, contos publicados no jornal as Artes entre As Letras e Primeiro de Janeiro. Poesia no Jornal de Notícias, As Artes Entre as Letras, Rotários de Vila Nova de Gaia e Jornal de Matosinhos.

MD - Nunca foi convidado a expor em Viana do Castelo?
(risos) Os santos da terra não fazem milagres!... Não se aplica ao meu caso e ficava um pouco sem resposta. Como sabe participo na Monografia  ‘A Falar de Viana’, por convite da Comissão das Festas da Agonia.


Luís Pedro Viana

Foto por Joana D'Assumpção



Luís Pedro Viana (Pseudónimo)
2009
Nascido em 1943, Viana do Castelo, cursou nas Escolas Industrial e Comercial da cidade, tendo continuado estudos na Escola Académica do Porto, onde efectuou a preparação para ingresso no Instituto Industrial e depois na Faculdade de Ciências, estudos que completou posteriormente, após ter cumprido o serviço militar em Moçambique, durante quatro anos e meio.
Este seu percurso levou-o ao desempenho de funções de administração, ao longo de quarenta anos, para uma mesma empresa no domínio da reciclagem de metais.
Na juventude frequentou o atelier de pintura da fábrica de seu pai, daí o gosto que desenvolveu pela pintura, retrato em várias peças que ainda conserva.
As viagens sempre fizeram parte do seu mundo pelo que aproveitava qualquer oportunidade para visitar museus e galerias, facto que proporcionou (e proporciona) um íntimo contacto com todas as correntes das artes, dos autores clássicos aos modernos ( Paris, Amesterdam, Zurique, Istambul, Palma,Londres, Budapeste, Barcelona, Madrid, Atenas, Lisboa, Porto, entre muitas outras).
Todo o espólio adquirido é material que serve de base e inspiração à sua actividade artística.
Talvez por isso venha a sendo reconhecido e convidado a expor trabalhos de pintura ( Exposições em V.N.Gaia; Viana do Castelo; Vigo – Eixo Atlântico-; Maia –Forum-; Porto –Anarp-). O mesmo tem acontecido com os seus “escritos poéticos”, que com bastante assiduidade têm sido dados à estampa em Revistas e Jornais, como por exemplo, no Jornal de Notícias e Jornal de Matosinhos, nas suas páginas semanais, que contam já com centenas de publicações, no Primeiro Janeiro publicou os contos “Frasco do remédio” e “O homem que comprava o tempo”.
São também da sua autoria os Livros JANELA ABERTA e ENIGMA ( poesia)- Corpos Editora, as capas do livro de Contos de H. M..Larcher - Sinfonia da vida- , de Enigma lançados na FNAC/Porto e de Janela Aberta com apresentação no Café GUARANY, bem como as revistas do Portugal Rotário nº 120 Jan/Fevº- “ EURO 2004”, Dezº 2006 “ NATAL” e Rotay Club V.N.Gaia n º 269 Agosto 2005.
Fui convidado para uma entrevista na Edição comemorativa dos 120 anos do JN, em 2/6/2008, na sequência da qual fui designado por “ O pintor epicurista”.

Obras disponíveis na Galeria Vieira Portuense



Jornal de Noticias 19-03-2008


Ilustrações Colectânea Galeria Vieira Portuense








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